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sexta-feira, 22 de abril de 2011

TAMBÉM MATOU O DIA DO ÍNDIO COM OS COELHOS???

PARA REFLETIR (Datas comemorativas)... 

Como podemos "matar" uma data tão importante quanto a lembrança da importância dos primeiros habitantes do Brasil, para priorizarmos a data da Páscoa ainda mais  a maioria de forma errônea e pejorativa?
A maioria das escolas de educação infantil nestes ultimos dias optaram por "matar" o Dia do ìndio e priorizar os coelhos. Sim, os coelhos e não a Páscoa. Eu mesma acabei entrando na dança, afinal trabalhamos num sistema e este tipo de postura ainda está muito enraizado em muitas de nossas escolas.
A Páscoa não é menos importante que o Índio, a questão é que a maioria de nós educadoras nos perdemos entre orelhas e coelhos e esquecemos a essência da data que  prega o partilhar tão prezado por nós no contexto escolar. Algumas colegas pecam um pouco mais achando que aprofundar o tema da Páscoa é trabalhar com mini apostilas com musica de coelho, comida de coelho, overdose de coelho. Quero deixar claro que não tenho nada contra os coelhos, só acho que nossas crianças não são como nós que antigamente nos contentávamos em pintar um desenho esteriotipado de alguma data comemorativa específica. Eles merecem mais, merecem informações e como educadores do século XXI temos este compromisso com eles. Não podemos trabalhar com estas datas como nossos professores trabalharam conosco. Pensem... repensem... reflitam suas práticas.
Também já fiz muito isso e faço parte de uma escola, de uma rede e sei como é difícil desvincular de posturas que estão conosco a tanto tempo, mas está na hora de pensarmos que todos nossos atos geram aprendizagem, portanto: que tipo de aprendizagem está por traz do ato de overdose de coelhos e finalização com o ovo de chocolate? Não sou totalmente contra, mas acho que acabamos reproduzindo a visão comercial que está atrelado a  Páscoa. Será que isso não é o oposto do que pregamos quando elencamos como principal função da escola formar cidadãos conscientes?

Para quem não esqueceu da importância do Índio e pensa como eu que não é apenas em um dia que vamos esgotar sua importância cultural,  ainda dá tempo de recuperar. Aí vão algumas dicas:
- O que (não) fazer no Dia do Índio:





     Na data em homenagem aos primeiros habitantes do Brasil, uma série de estereótipos e preconceitos costuma invadir a sala de aula. Saiba como evitá-los e confira algumas propostas de especialistas de quais conteúdos trabalhar.


Mais sobre Educação Indígena:


     O Dia do Índio é comemorado em 19 de abril no Brasil para lembrar a data histórica de 1940, quando se deu o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. O evento quase fracassou nos dias de abertura, mas teve sucesso no dia 19, assim que as lideranças indígenas deixaram a desconfiança e o medo de lado e apareceram para discutir seus direitos, em um encontro marcante.


     Por ocasião da data, é comum encontrar nas escolas comemorações com fantasias, crianças pintadas, música e atividades culturais. No entanto, especialistas questionam a maneira como algumas dessas práticas são conduzidas e afirmam que, além de reproduzir antigos preconceitos e estereótipos, não geram aprendizagem alguma. "O índigena trabalhado em sala de aula hoje é, muitas vezes, aquele indígena de 1500 e parece que ele só se mantém índio se permanecer daquele modo. É preciso mostrar que o índio é contemporâneo e tem os mesmos direitos que muitos de nós, 'brancos'", diz a coordenadora de Educação Indígena no Acre, Maria do Socorro de Oliveira.




Saiba o que fazer e o que não fazer no Dia do Índio:


1. Não use o Dia do Índio para mitificar a figura do indígena, com atividades que incluam vestir as crianças com cocares ou pintá-las.


     Faça uma discussão sobre a cultura indígena usando fotos, vídeos, música e a vasta literatura de contos indígenas. "Ser índio não é estar nu ou pintado, não é algo que se veste. A cultura indígena faz parte da essência da pessoa. Não se deixa de ser índio por viver na sociedade contemporânea", explica a antropóloga Majoí Gongora, do Instituto Socioambiental.



2. Não reproduza preconceitos em sala de aula, mostrando o indígena como um ser à parte da sociedade ocidental, que anda nu pela mata e vive da caça de animais selvagens.


     Mostre aos alunos que os povos indígenas não vivem mais como em 1500. Hoje, muitos têm acesso à tecnologia, à universidade e a tudo o que a cidade proporciona. Nem por isso deixam de ser indígenas e de preservar a cultura e os costumes.



3. Não represente o índio com uma gravura de livro, ou um tupinambá do século 14.


     Sempre recorra a exemplos reais e explique qual é a etnia, a língua falada, o local e os costumes. Explique que o Brasil tem cerca de 230 povos indígenas, que falam cerca de 180 línguas. Cada etnia tem sua identidade, rituais, modo de vestir e de se organizar. Não se prenda a uma etnia. Fale, por exemplo, dos Ashinkas, que têm ligação com o império Inca; dos povos não-contatados e dos Pankararu, que vivem na Zona Sul de São Paulo.



4. Não faça do 19 de abril o único dia do índio na escola


     A Lei 11.645/08 inclui a cultura indígena no currículo escolar brasileiro. Por que não incluir no planejamento de História, de Língua Portuguesa e de Geografia discussões e atividades sobre a cultura indígena, ao longo do ano todo? Procure material de referência e elabore aulas que proponham uma discussão sobre cultura indígena ou sobre elementos que a emprestou à nossa vida, seja na língua, na alimentação, na arte ou na medicina.


5. Não tente reproduzir as casas e aldeias de maneira simplificada, com maquetes de ocas



     "Oca" é uma palavra tupi, que não se aplica a outros povos. O formato de cada habitação varia de acordo com a etnia e diz respeito ao seu modo de organização social. Prefira mostrar fotos ou vídeos.


6. Não utilize a figura do índio só para discussões sobre como o homem branco influencia suas vidas.



     Debata sobre o que podemos aprender com esses povos. Em relação à sustentabilidade, por exemplo, como poderíamos aprender a nos sentir parte da terra e a cuidar melhor dela, tal como fazem e valorizam as sociedades indígenas?

     Dicas para ampliar com os pequeninos:
     Podemos ainda familiarizar as crianças sobre a cultura indígena e até mesmo de outros povos, trabalhando questões que lhe são do interesse delas como as brincadeiras, os brinquedos, os hábitos, as canções, etc. E isso pode ser inserido no dia-a-dia deles ao longo do ano: a cada semana pesquisar e praticar a brincadeira de um povo, de uma região, de um país..., aprender a fazer brinquedos nas aulas de arte, buscar canções e comparar com as nossas, etc, etc. Aí vai da criatividade do professor.
     O mais importante para os pequeninos é perceberem a pluralidade cultural a qual pertencemos, aprender que há pessoas diferentes e que devemos respeitá-las.


Texto baseado em: opiniões pessoais e Blog da escola Turma da Ivone:
http://turmadaivonne.blogspot.com/2011/04/educacao-indigena.html

Para pensar mais sobre datas comemorativas:

http://turmadaivonne.blogspot.com/2010/05/dias-da-maes.html
http://educador.brasilescola.com/sugestoes-pais-professores/datas-comemorativas.htm


segunda-feira, 11 de abril de 2011

ESQUEMA CORPORAL

EDUCAÇÃO FÍSICA CRIATIVA
(Objetivos: Consciência Corporal, Percepção Espacial e Coord. Motora Fina)

Amei a idéia diferenciada da nossa colega de escola profa. Fernanda Fonsatti de Educação Física em ir além dos exercícios corporais para trabalhar esquema corporal e outros conteudos. Ás vezes nós que somos de sala nos matamos para desenharmos o contorno de vários deles no papel ou até no chão para criarem esta consciência e ela de forma simples e criativa (como é o lema do nosso blog), alcançou o mesmo objetivo. Quando observei esta vivência tive que pedir autorização para compartilharmos aqui. Obrigadão Fer.
                                             Primeiro contornam um amigo...
                                                   ... depois preenchem o espaço...
Em outro momento uma turma  contornou o corpo da professora e cada sala tinha que enrolar crepom e preencher um membro do corpo (ex. turma 1 a perna direita, turma 2 o braço  esquerdo, etc.) até todas as turmas participarem ( cada sala no seu horário).
 
 No fim do dia todas as turmas participaram e todos os membros do corpo foram preenchidos.
Além de todos os objetivos alcançados, o trabalho em equipe foi fundamental para o sucesso.

sábado, 2 de abril de 2011

PORTIFÓLIO DE ATIVIDADES PARA MATERNAL 1

MEU 1º PORTIFÓLIO (1 ano e 1/2 a 2 anos)
     Quero compartilhar com vocês este Portifólio que foi elaborado pela professora Vera Souza de Lima da nossa rede municipal de Itu em  2008, com os alunos de maternal I (1 e1/2 a 2 anos). Ela é uma das professoras que admiro muito por suas idéias criativas e comprometimento com seus alunos. 
      Ela ficou maravilhada pela primeira vez que lecionou para alunos tão pequenos e como tantos avanços foram  alcançados por eles ao decorrer do ano. Vera queria muito socializar com os pais esta evolução,  não só com os que compareciam na reunião, mas com todos, queria também provar para as professoras que tinham receio de trabalhar com esta faixa etária que era possivel colher frutos.  Tinhamos claro enquanto educadoras que deveríamos "vender nosso peixe" aos pais e educadores, pois só assim eles valorizariam o trabalho do educador de creche e talvez mudaríamos a concepção de alguns que acham  que professor de bebes é uma  mera babá e que a creche é um depósito de crianças. Mas como fazer isso sem pular etapas no desenvolvimento do bebe que está ali neste primeiro momento muito mais para a parte prática do que para o registro?
     Sabíamos que no Materrnal I o foco inicial é familiarizá-los ao ambiente escolar, desenvolver a coordenação motora global e ampliação do vocabulário, todas questões que não dependem muito do registro no papel e sim de boas práticas. Entretanto, Vera queria entregar um registro dos alunos aos pais,  algo feito por eles, de forma lúdica e tranquila sem forçar nada ou pular suas etapas de desenvolvimento, algo com a carinha deles, borrado, amassado, rabiscado, nada muito melhorado pelas educadoras nem perfeito, mas ao mesmo tempo algo que valorizasse o esforço da professora. Foi daí que ela além de trabalhar com os alunos quase sempre no coletivo, teve a idéia de ir arquivando estes registros e montar um Portifólio  com as explicações pedagógicas do que era cada eixo de trabalho. O Portifólio contemplou atividades do 2º semestre nos quais os alunos já estavam mais maduros para executá-las e foi entregue somente no final do ano.


Quando se registra com fotos é interessante aparecer a maior parte da turma possivel, pois  para nós o foco é a atividade, mas para o pai ó foco é o seu filho.  Vera teve o cuidado de selecionar fotos no qual a criança dona do portifólio apareceria.

As decorações são de flores aproveitadas das pinturas coletivas, tudo que o aluno fez foi aproveitado e conversado com eles para sentirem-se parte do portifólio.

As fotos individuais são da criança dona do portifólio.














 Os desenhos coletivos foram muitos, mas só coloquei estes dois. Nesta fase a criança precisa experimentar os variados materiais (gizão, giz de lousa, carvão, hidrocor, etc) e as variadas posições (desenhar sentado, em pé, de joelhos, deitados, etc.), pois para cada material e posição é necessário um novo desafio para ela.






Estes blocos que as crianças estão uma sentada e outra em pé nele,  foram grandes aliados de Vera. Sua primeira idéia foi criá-los para serem um  tipo de dado de músicas, histórias, cores... tinha o cubo da música do sapo, o cubo da história da Chapéuzinho Vermelho, das cores, da contagem,  etc...  
... depois os próprios alunos foram dando outras funções a eles e viraram "pufs" para sentar na roda da conversa ou da história, e até tijolos para empilhar, trabalhar muito e pouco, alto e baixo e assim foi. Eram feitos de caixa, pintados e reforçados com garrafas PET por dentro pra aguentar o peso dos pequenos.





Obrigada Vera por compartilhar conosco sua grande idéia. Você é o exemplo de que mesmo sem tantos recursos, quando o educador quer e tem vontade é possivel fazer melhor, fazer mais que o possível. Parabéns!!!