Feeds RSS
Feeds RSS

domingo, 22 de maio de 2011

PINTURA COM INTERFERÊNCIA

     É FATO QUE PARA ESTIMULARMOS OS DESENHOS DAS CRIANÇAS, PRECISAMOS MANTÊ-LOS EM CONTATO COM VARIADOS MODELOS E INSTIGAR A CRIATIVIDADE DOS MESMOS. UM BOM RECURSO PARA ISSO SÃO AS INTERFERÊNCIAS. GERALMENTE INICIAMOS O USO DA INTERFERÊNCIA QUANDO AS CRIANÇAS COMEÇAM A ESBOÇAR FIGURAS. A PARTIR DA GARATUJA NOMEADA JÁ É POSSIVEL QUE ALGUMAS CONSIGAM CRIAR A PARTIR DELAS. NESTE CASO A PARTIR DE FIGURAS SIMPLES COMO AS GEOMÉTRICAS. PARA AS CRIANÇAS QUE AINDAM GARATUJAM POR PRAZER (DESORDENADA OU CONTROLADA) NÃO  É ACONSELHÁVEL, POIS AINDA NÃO CONSEGUEM CRIAR A PARTIR DE IMAGENS JÁ QUE A NECESSIDADE DAS MESMAS É DESCARGA MOTORA E NÃO CRIAÇÃO VISUAL.
     ENTRETANTO MESMO PARA A FASE IDEAL AS IMAGENS  SOLTAS POR SI SÓ PODEM NÃO CAUSAR QUALQUER EFEITO PARA ALUNOS MAIS LIMITADOS.
O IDEAL É QUE HAJA MAIS INTERFERÊNCIAS QUE O NUMERO DE ALUNOS PARA QUE ELES POSSAM ESCOLHER DE ACORDO COM SEU GOSTO PESSOAL. OUTRO PONTO IMPORTANTE É QUE ANTES QUE CADA UM SE APROPRIE DA IMAGEM, SEJAM DISCUTIDAS AS POSSIBILIDADES DE CRIAÇÃO A PARTIR DAS IMAGENS COM OS PRÓPRIOS ALUNOS DANDO DICAS UNS AOS OUTROS. O EXEMPLO A SEGUIR FOI REALIZADO COM PINTURA, APÓS VÁRIAS ATIVIDADES COM DESENHO. 







Atividades realizadas pela professora Conceição Maria da Silva (2a fase-5 anos)
    

DIQUINHAS CASEIRAS: ENUNCIADOS DE CARIMBOS

    Para facilitar nossa vida diária que é tão corrida nas escolas, muitas colegas de nossa cidade adotaram a mania de mandar confeccionar carimbos personalizados para as atividades básicas mais corriqueiras.
     É claro que não dispensamos uma boa xérox com enunciados de qualidade, mas pensando que a cada ano podemos estar em escolas com mais ou menos recursos (com somente o velho e bom mimeógrafo de recurso tecnológico, rss), e até para usarmos como plano B quando não há tinta nas impressoras, aqui vai esta dica. Usamos muito no caderno de desenho.Usem e abusem!


sexta-feira, 22 de abril de 2011

TAMBÉM MATOU O DIA DO ÍNDIO COM OS COELHOS???

PARA REFLETIR (Datas comemorativas)... 

Como podemos "matar" uma data tão importante quanto a lembrança da importância dos primeiros habitantes do Brasil, para priorizarmos a data da Páscoa ainda mais  a maioria de forma errônea e pejorativa?
A maioria das escolas de educação infantil nestes ultimos dias optaram por "matar" o Dia do ìndio e priorizar os coelhos. Sim, os coelhos e não a Páscoa. Eu mesma acabei entrando na dança, afinal trabalhamos num sistema e este tipo de postura ainda está muito enraizado em muitas de nossas escolas.
A Páscoa não é menos importante que o Índio, a questão é que a maioria de nós educadoras nos perdemos entre orelhas e coelhos e esquecemos a essência da data que  prega o partilhar tão prezado por nós no contexto escolar. Algumas colegas pecam um pouco mais achando que aprofundar o tema da Páscoa é trabalhar com mini apostilas com musica de coelho, comida de coelho, overdose de coelho. Quero deixar claro que não tenho nada contra os coelhos, só acho que nossas crianças não são como nós que antigamente nos contentávamos em pintar um desenho esteriotipado de alguma data comemorativa específica. Eles merecem mais, merecem informações e como educadores do século XXI temos este compromisso com eles. Não podemos trabalhar com estas datas como nossos professores trabalharam conosco. Pensem... repensem... reflitam suas práticas.
Também já fiz muito isso e faço parte de uma escola, de uma rede e sei como é difícil desvincular de posturas que estão conosco a tanto tempo, mas está na hora de pensarmos que todos nossos atos geram aprendizagem, portanto: que tipo de aprendizagem está por traz do ato de overdose de coelhos e finalização com o ovo de chocolate? Não sou totalmente contra, mas acho que acabamos reproduzindo a visão comercial que está atrelado a  Páscoa. Será que isso não é o oposto do que pregamos quando elencamos como principal função da escola formar cidadãos conscientes?

Para quem não esqueceu da importância do Índio e pensa como eu que não é apenas em um dia que vamos esgotar sua importância cultural,  ainda dá tempo de recuperar. Aí vão algumas dicas:
- O que (não) fazer no Dia do Índio:





     Na data em homenagem aos primeiros habitantes do Brasil, uma série de estereótipos e preconceitos costuma invadir a sala de aula. Saiba como evitá-los e confira algumas propostas de especialistas de quais conteúdos trabalhar.


Mais sobre Educação Indígena:


     O Dia do Índio é comemorado em 19 de abril no Brasil para lembrar a data histórica de 1940, quando se deu o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. O evento quase fracassou nos dias de abertura, mas teve sucesso no dia 19, assim que as lideranças indígenas deixaram a desconfiança e o medo de lado e apareceram para discutir seus direitos, em um encontro marcante.


     Por ocasião da data, é comum encontrar nas escolas comemorações com fantasias, crianças pintadas, música e atividades culturais. No entanto, especialistas questionam a maneira como algumas dessas práticas são conduzidas e afirmam que, além de reproduzir antigos preconceitos e estereótipos, não geram aprendizagem alguma. "O índigena trabalhado em sala de aula hoje é, muitas vezes, aquele indígena de 1500 e parece que ele só se mantém índio se permanecer daquele modo. É preciso mostrar que o índio é contemporâneo e tem os mesmos direitos que muitos de nós, 'brancos'", diz a coordenadora de Educação Indígena no Acre, Maria do Socorro de Oliveira.




Saiba o que fazer e o que não fazer no Dia do Índio:


1. Não use o Dia do Índio para mitificar a figura do indígena, com atividades que incluam vestir as crianças com cocares ou pintá-las.


     Faça uma discussão sobre a cultura indígena usando fotos, vídeos, música e a vasta literatura de contos indígenas. "Ser índio não é estar nu ou pintado, não é algo que se veste. A cultura indígena faz parte da essência da pessoa. Não se deixa de ser índio por viver na sociedade contemporânea", explica a antropóloga Majoí Gongora, do Instituto Socioambiental.



2. Não reproduza preconceitos em sala de aula, mostrando o indígena como um ser à parte da sociedade ocidental, que anda nu pela mata e vive da caça de animais selvagens.


     Mostre aos alunos que os povos indígenas não vivem mais como em 1500. Hoje, muitos têm acesso à tecnologia, à universidade e a tudo o que a cidade proporciona. Nem por isso deixam de ser indígenas e de preservar a cultura e os costumes.



3. Não represente o índio com uma gravura de livro, ou um tupinambá do século 14.


     Sempre recorra a exemplos reais e explique qual é a etnia, a língua falada, o local e os costumes. Explique que o Brasil tem cerca de 230 povos indígenas, que falam cerca de 180 línguas. Cada etnia tem sua identidade, rituais, modo de vestir e de se organizar. Não se prenda a uma etnia. Fale, por exemplo, dos Ashinkas, que têm ligação com o império Inca; dos povos não-contatados e dos Pankararu, que vivem na Zona Sul de São Paulo.



4. Não faça do 19 de abril o único dia do índio na escola


     A Lei 11.645/08 inclui a cultura indígena no currículo escolar brasileiro. Por que não incluir no planejamento de História, de Língua Portuguesa e de Geografia discussões e atividades sobre a cultura indígena, ao longo do ano todo? Procure material de referência e elabore aulas que proponham uma discussão sobre cultura indígena ou sobre elementos que a emprestou à nossa vida, seja na língua, na alimentação, na arte ou na medicina.


5. Não tente reproduzir as casas e aldeias de maneira simplificada, com maquetes de ocas



     "Oca" é uma palavra tupi, que não se aplica a outros povos. O formato de cada habitação varia de acordo com a etnia e diz respeito ao seu modo de organização social. Prefira mostrar fotos ou vídeos.


6. Não utilize a figura do índio só para discussões sobre como o homem branco influencia suas vidas.



     Debata sobre o que podemos aprender com esses povos. Em relação à sustentabilidade, por exemplo, como poderíamos aprender a nos sentir parte da terra e a cuidar melhor dela, tal como fazem e valorizam as sociedades indígenas?

     Dicas para ampliar com os pequeninos:
     Podemos ainda familiarizar as crianças sobre a cultura indígena e até mesmo de outros povos, trabalhando questões que lhe são do interesse delas como as brincadeiras, os brinquedos, os hábitos, as canções, etc. E isso pode ser inserido no dia-a-dia deles ao longo do ano: a cada semana pesquisar e praticar a brincadeira de um povo, de uma região, de um país..., aprender a fazer brinquedos nas aulas de arte, buscar canções e comparar com as nossas, etc, etc. Aí vai da criatividade do professor.
     O mais importante para os pequeninos é perceberem a pluralidade cultural a qual pertencemos, aprender que há pessoas diferentes e que devemos respeitá-las.


Texto baseado em: opiniões pessoais e Blog da escola Turma da Ivone:
http://turmadaivonne.blogspot.com/2011/04/educacao-indigena.html

Para pensar mais sobre datas comemorativas:

http://turmadaivonne.blogspot.com/2010/05/dias-da-maes.html
http://educador.brasilescola.com/sugestoes-pais-professores/datas-comemorativas.htm


segunda-feira, 11 de abril de 2011

ESQUEMA CORPORAL

EDUCAÇÃO FÍSICA CRIATIVA
(Objetivos: Consciência Corporal, Percepção Espacial e Coord. Motora Fina)

Amei a idéia diferenciada da nossa colega de escola profa. Fernanda Fonsatti de Educação Física em ir além dos exercícios corporais para trabalhar esquema corporal e outros conteudos. Ás vezes nós que somos de sala nos matamos para desenharmos o contorno de vários deles no papel ou até no chão para criarem esta consciência e ela de forma simples e criativa (como é o lema do nosso blog), alcançou o mesmo objetivo. Quando observei esta vivência tive que pedir autorização para compartilharmos aqui. Obrigadão Fer.
                                             Primeiro contornam um amigo...
                                                   ... depois preenchem o espaço...
Em outro momento uma turma  contornou o corpo da professora e cada sala tinha que enrolar crepom e preencher um membro do corpo (ex. turma 1 a perna direita, turma 2 o braço  esquerdo, etc.) até todas as turmas participarem ( cada sala no seu horário).
 
 No fim do dia todas as turmas participaram e todos os membros do corpo foram preenchidos.
Além de todos os objetivos alcançados, o trabalho em equipe foi fundamental para o sucesso.

sábado, 2 de abril de 2011

PORTIFÓLIO DE ATIVIDADES PARA MATERNAL 1

MEU 1º PORTIFÓLIO (1 ano e 1/2 a 2 anos)
     Quero compartilhar com vocês este Portifólio que foi elaborado pela professora Vera Souza de Lima da nossa rede municipal de Itu em  2008, com os alunos de maternal I (1 e1/2 a 2 anos). Ela é uma das professoras que admiro muito por suas idéias criativas e comprometimento com seus alunos. 
      Ela ficou maravilhada pela primeira vez que lecionou para alunos tão pequenos e como tantos avanços foram  alcançados por eles ao decorrer do ano. Vera queria muito socializar com os pais esta evolução,  não só com os que compareciam na reunião, mas com todos, queria também provar para as professoras que tinham receio de trabalhar com esta faixa etária que era possivel colher frutos.  Tinhamos claro enquanto educadoras que deveríamos "vender nosso peixe" aos pais e educadores, pois só assim eles valorizariam o trabalho do educador de creche e talvez mudaríamos a concepção de alguns que acham  que professor de bebes é uma  mera babá e que a creche é um depósito de crianças. Mas como fazer isso sem pular etapas no desenvolvimento do bebe que está ali neste primeiro momento muito mais para a parte prática do que para o registro?
     Sabíamos que no Materrnal I o foco inicial é familiarizá-los ao ambiente escolar, desenvolver a coordenação motora global e ampliação do vocabulário, todas questões que não dependem muito do registro no papel e sim de boas práticas. Entretanto, Vera queria entregar um registro dos alunos aos pais,  algo feito por eles, de forma lúdica e tranquila sem forçar nada ou pular suas etapas de desenvolvimento, algo com a carinha deles, borrado, amassado, rabiscado, nada muito melhorado pelas educadoras nem perfeito, mas ao mesmo tempo algo que valorizasse o esforço da professora. Foi daí que ela além de trabalhar com os alunos quase sempre no coletivo, teve a idéia de ir arquivando estes registros e montar um Portifólio  com as explicações pedagógicas do que era cada eixo de trabalho. O Portifólio contemplou atividades do 2º semestre nos quais os alunos já estavam mais maduros para executá-las e foi entregue somente no final do ano.


Quando se registra com fotos é interessante aparecer a maior parte da turma possivel, pois  para nós o foco é a atividade, mas para o pai ó foco é o seu filho.  Vera teve o cuidado de selecionar fotos no qual a criança dona do portifólio apareceria.

As decorações são de flores aproveitadas das pinturas coletivas, tudo que o aluno fez foi aproveitado e conversado com eles para sentirem-se parte do portifólio.

As fotos individuais são da criança dona do portifólio.














 Os desenhos coletivos foram muitos, mas só coloquei estes dois. Nesta fase a criança precisa experimentar os variados materiais (gizão, giz de lousa, carvão, hidrocor, etc) e as variadas posições (desenhar sentado, em pé, de joelhos, deitados, etc.), pois para cada material e posição é necessário um novo desafio para ela.






Estes blocos que as crianças estão uma sentada e outra em pé nele,  foram grandes aliados de Vera. Sua primeira idéia foi criá-los para serem um  tipo de dado de músicas, histórias, cores... tinha o cubo da música do sapo, o cubo da história da Chapéuzinho Vermelho, das cores, da contagem,  etc...  
... depois os próprios alunos foram dando outras funções a eles e viraram "pufs" para sentar na roda da conversa ou da história, e até tijolos para empilhar, trabalhar muito e pouco, alto e baixo e assim foi. Eram feitos de caixa, pintados e reforçados com garrafas PET por dentro pra aguentar o peso dos pequenos.





Obrigada Vera por compartilhar conosco sua grande idéia. Você é o exemplo de que mesmo sem tantos recursos, quando o educador quer e tem vontade é possivel fazer melhor, fazer mais que o possível. Parabéns!!!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

PROJETO PERCEPÇÕES (Maternais)

Para educadores não é segredo que segundo  Jean Piaget  as crianças de 0 à 2 anos estão no período sensório-motor, que resumindo bem  a grosso modo quer dizer que  nesta faixa etária  desenvolvem-se a partir de ações sensoriais (órgãos do sentido) e motoras (ações).
Partindo deste princípio as professoras Juliana Carvalho e Patrícia Honório criaram juntas o Projeto Percepções com os alunos de Maternal II (2 à 3 anos), pois sentiram que alguns alunos ainda estavam presos a esta etapa do desenvolvimento.
As fotos que seguem abaixo são da apostila seguidas da confecção da atividade.
Os enunciados das atividades sempre relatam além da tarefa, o que foi feito na prática anterior a este registro.
                                  CAPA: fundo pintura esguichada
Texto de abertura (Fonte: Revista Professor Sassa)
(Obs.: Desculpe-nos! Iremos redigitar o texto em breve para facilitar a leitura)
Para sensibilizar as crianças ao projeto usamos a História da Chapéuzinho Vermelho focando a passagem que a menina fica espantada com os enormes órgãos do sentido do Lobo... Fora isso fizemos cartazes coletivos da menina e do lobo e brincadeiras de caça ao rabo, lobo na floresta etc.
PERCEPÇÃO VISUAL
(A cada sentido trabalhado na apostila agregamos um apanhado com fotos das atividades práticas.)
As crianças se observaram uma por vez no espelho no qual questionávamos o que estavam vendo, quais suas partes do corpo, etc.
apreciando a produção dos amigos (percepção visual)
Registro da observação do céu
Após pesquisa sobre seus desenhos preferidos na TV, disponibilizamos xérox das imagens para que cada um escolhesse conforme seu gosto.
PERCEPÇÃO AUDITIVA: esta percepção é a mais difícil de se registrar em papel, então relatamos e registramos com fotos as práticas.
PERCEPÇÃO GUSTATIVA:
Registro do Mingau de Aveia

Pintura com suco e cola:
Mingau de maisena  (ápós degustar o mingau, tingimento com anilina)
PERCEPÇÃO OLFATIVA
Após cheirar o creme dental, registro com pintura.
]
PERCEPÇÃO TÁTIL
Guache em cubos de gelo, amaaarammmm!!!
Colar sentindo várias texturas: camurça, dobradura, lixa, etc...
Registro da massagem com carimbo das mãos
Este projeto (1º bim/2010) atendeu todas nossas expectativas, já que queríamos algo que favorecesse o desenvolvimento cognitivo dos pequenos, sem pular a etapa das produções mais livres, mais espontâneas tão necessárias nesta faixa etária que está em pura exploração motora.
 Tudo foi pensado, desde o tamanho das folhas (A3), quanto aos materiais e ambientes variados, já que nesta idade as crianças não aguentam ficar muito tempo num lugar só, o que é bem natural, já que estão descobrindo suas possibilidades.
Foi muito gratificante  !!!